Paz Ensurdecedora, Atrocidades Silenciadas

Nesta noite reina uma paz ensurdecedora.

Não há chefe de Estado liderando matanças.

Não há assassinato de civis.

Não há bebês mortos por falta de oxigênio.

Não há armas yankees vendidas para picotarem

Feito papel mulheres grávidas.

Não há crianças buscando alimentos

Em rações de animais.

Não há faculdades e escolas em escombros.

Não há soldados espancando jovens.

Não há jornais silenciando uma matança

E pintando o responsável de terna vítima.

Não há caminhões de ajuda humanitária

Sendo bombardeados, impedidos de deslocarem.

Não, não, nada disso macula

As movimentadas ruas da Alemanha.

Não, não, não acontece tais selvagerias

No seio da alienada sociedade estadunidense.

Fácil é ignorar a dor do outro

E fazer da nossa ignorante paz um escudo,

Enquanto fechamos os olhos para a barbárie.

Mas na periferia do capitalismo,

Onde os indesejados pelas potências globais choram,

Desenrola o apocalipse das atrocidades.

É apartheid, é genocídio,

É barbárie, é colonialismo,

São as mortais realidades sangradas

Pelo povo de Gaza.

E impostas pelo ilegítimo e truculento

Estado de Israel.

Dennis de Oliveira Santos
Enviado por Dennis de Oliveira Santos em 24/02/2024
Reeditado em 24/02/2024
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