Há sempre poemas nos caminhos de Maria
Há sempre poemas nos caminhos de Maria.
Há sempre uma sensação de solidão e introspecção
no horizonte dos caminhos da vida.
Há jornadas solitárias e incertas.
Há os olhos sonhosos,
perdidos entre sonhos e silêncios.
Há uma evocativa à solitude dos silêncios
que arranham a garganta,
a solidão da poeta que caminha pelas sombras
buscando se esconder do mundo.
Sempre há poemas nos caminhos de Maria.
Há a poesia não dita, a metáfora não pronunciada,
as folhas secas como estrelas num céu de cimento.
Ah! a melancolia da percepção das estações
que se calam e se pronunciam cotidianamente
enquanto a poeta borda mais um dia em sua vida.
E que falar das escadas como quem sonha estrelas
e beira margens com olhos de asas,
quando Maria busca aspiração,
mesmo dentro das estradas sozinhas.
E os dedos desenham a poesia invisível,
oculta aos olhos do Sol
e escondida dos próprios mistérios do poema
e de sua própria existência
num mote de reflexão e melancolia
por mais um dia, com o Amor, viver.
O poema escondido, não escrito pelas mãos...
O poema de dentro, absorto em seus sentidos
na memória de um coração
que só sabe entregar Amor!
Poema e foto;