Poesia na Janela
Vaza uma fumaça no entreaberto da janela
Cai umas cinzas no lado esquerdo da minha mesa
O vento pousa no papel de baixo para cima
Fazendo ele subir e estalar devagarinho
Vaza o entardecer no entreaberto da janela
Assisto a beleza do pequeno quadro
e até percebo um distraído passarinho
que não via ninguem vendo e resolveu
dançar um solo
Mal sabia ele que não era só fumaça
próximo ao mamoeiro eu expiava sua graça
Dançou, cantou e desenhou no meu olhar
depois bateu as asas, - ahhh, fooi rodar por
cuiabá.
É incrível como olhar pra vida é igual escrever poesia, rs.