PALAVRAS MALDITAS
PALAVRAS MALDITAS
Entre palavras malditas
Longe dos escombros
Os vaidosos dão de ombros
Às vítimas e suas desditas
De paletós e gravatas
Destilam suas bravatas
Enquanto na terra seca
O sangue de tantos coagula
Saciando a gula
De PODER
Seja lá sobre Jerusalém ou Meca
Nos púlpitos mundiais
Chovem discursos
Soluções pomposas vazias
Sem abraços de ursos
Para sustentar fantasias
De Nobeis da paz
Suprema ironia
Pisando em corpos
Abatidos por artilharias