Afoitos
O que pensar sobre a vida, ôco me parece.
A melhor viagem ainda está nos pensamentos,
por caminhos... empolgante, frustrante!
E nas noites de insônia, sem os sonhos?
Despertar para a decepção, isso me apaga.
Volto a fazer mais uma prece.
Assim... desfiando as noites e os dias,
sem amar a realidade, e sem as fantasias.
A vida, misto de sofrer, melancolía, derrotas,
contentamento e superação.
É um fazer história, sem cessar, até cansar.
O amor invade sem pedir licença, então!
Predominante se torna a ilusão, a promessa,
é para a dor da alma, uma doce distração.
Sorrir com esperança, decifrando mistérios,
confundir-se, sem alcançar algo tão sonhado.
Buscar a paz, sem muitas vezes encontrar,
escorregar nos erros, fugir da emoção...
Esconder-se, para não se entregar inteiro,
nem pela metade... É um perder ou ganhar!
Até sem querermos competir, corremos riscos
de os mesmos erros repetir... nos levantamos,
afoitos somos, sem podermos do circulo sair.
Entregando-se às expectativas, verso realidade,
suavizando as dores na alma, a dramatologia
é viver, com ou sem poesia. A vida é um passado
mais que um futuro, a nos confundir!
A ruína, é quando tentamos, sem sucesso,
superar o que dói, que são as mesmas saudades.