O PÓ DE NOSSAS ANDANÇAS

Fiz poeira, quando jovem,

na media idade, veio chuva,

patinei: fiz argila,

aprendi a fazer muros,

resignado em meus dilúvios,

afrouxei o passo,

comecei a andar macio,

veio a seca,

ruiu minhas muralhas,

sobrou as rachaduras.

inevitável é perceber,

que nada sobra, além

do pó de nossas andanças

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 17/02/2024
Código do texto: T8000689
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