O PÓ DE NOSSAS ANDANÇAS
Fiz poeira, quando jovem,
na media idade, veio chuva,
patinei: fiz argila,
aprendi a fazer muros,
resignado em meus dilúvios,
afrouxei o passo,
comecei a andar macio,
veio a seca,
ruiu minhas muralhas,
sobrou as rachaduras.
inevitável é perceber,
que nada sobra, além
do pó de nossas andanças