Em seu silêncio eu acredito

Sonhos convertidos

Afogados em uma taça de fel

Versos amargos e proibidos

Um serenata doce e cruel

Abra seus olhos para a realidade

Essa nunca foi a minha vontade

Mas eu já não tenho mais escolha

Esta noite as estrelas gritam em agonia

Seu silêncio é minha única companhia

Enquanto eu me esforço

Para tentar acreditar...

Das mentiras que provei

Das verdades que ignorei

Trago comigo o vazio que restou

Dessas horas de palavras não ditas

Das memórias tolas e infinitas

Aqui estou eu tentando ainda acreditar...

Uma fúria controlada

Por mãos que ferem e afagam

Uma morte marcada

Minhas defesas são as primeiras que falham

Não ignore a magia

Meu corpo responde à sinergia

Mas eu já não tenho mais escolha

Desse crime não restou suspeito

O pacto de silêncio não pode ser defeito

Mesmo que a dúvida seja eterna

Como esquecer tudo que não foi dito

Se em seu silêncio eu ainda acredito

Quando tudo ao meu redor parece irreal

O sonho já se converteu

Dessa fúria, o coração já esqueceu

Mas eu ainda tento acreditar...