Consciência estética

O céu colorido

O vôo das aves

Nuances, detalhes

Sabores, toques

Na pele e ouvidos

Ou de imaginá-los

O prazer de viver

De ser

o momento

O mais sério, o mais forte

De paz e deslumbramento

A consciência do etéreo

Do que não se vê

Do que não se pode esquecer

O presente, no agora

A igualdade de todo ser

Dos ciclos e dos fins

A consciência de agradecer

Por todo dia

Por estar desperto

De poder sonhar e seguir

De poder existir

Enquanto resiste

Insiste

Pela beleza

Sem a ilusão do eterno

No amor mais puro

Por todos, por tudo

Além das cadeias, um novo mundo

Mais simples e profundo

Sem muitos mistérios

Em que o tempo é o espaço

E o espaço, segundos

Além das vaidades

Dos preços, dos ministérios

das ficções humanas

É a essência

Em todo lugar

A existência em seu mais básico

Universal e particular

Uma dimensão para contemplar

E fazer vibrar o mantra

Mesmo se por alguns minutos

E é a beleza a última fronteira

De observar as estrelas e sentir saudades

De acordar de manhã e sorrir para a lua branca e cheia

É a percepção e a vivência da primeira

que também é a última verdade

A mais absoluta realidade