Duas pelo preço de uma.

Íris poética

O homem se inspirava

Na chuva

Na lua e na rua

Ele suspeitava que o suspiro das palavras

Era a sua alma nua

Que via o mundo

Não com suas cores

Mas com amores, flores e becos imundos

Sem saber

Se louco ou lúcido

Virtuoso ou fútil

É escriba do mundo, inútil.

00:15

A cidade dorme

A noite corre

O tempo passa

Entre cigarros e acordes

O homem morre

Esperando renascer

Deixando o pecado perecer

Ao amanhecer

Ele contemplará o sol

Até o entardecer.

Paulo Alcides
Enviado por Paulo Alcides em 15/02/2024
Reeditado em 22/02/2024
Código do texto: T7999240
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