Cansaços

A moça assopra cansaços

Muitos

Corpo a desfalecer

Tempo nu a esmo

Da vida arrastada

Das madrugadas impertinentes

Das ausências presentes

Da não vida

pulsão de morte

Pulsa

Um sorriso existente

Na frígida inexistência

Não entende sentidos

Sentida

Esmaga a esperança 

Mas espera

ESPERA

Às vezes o cansaço

Se eterniza em vida

É um corpo que

C

A

I