No Último Vagão Noturno
Quando fundo cheio de fundos imundos e sem fundos
Quando o breu se alastra e faz pirraça
E estanca os nós a sós atados
Quando todas as asas aniquiladas
E fundo se aprofunda oriundo e sujismundo
Quando os caminhos escurecem em vertigens e escassas miragens
A aprofundam os fossos
os ossos
os destroços
E as veias coagulam cintilam horripilantes o azedume sem lume crivados no ostracismo cinza ofuscante em delírios que povoam
distâncias
E eu no varal encardido perdido achado no último vagão noturno