DA TRISTE ALEGRIA
DA TRISTE ALEGRIA
A tristeza.
Sem a sua acidez,
Que doçura enjoativa
Decanta-se da alegria!
Que doce cansativo!...
Se se cansa o sorriso na boca
Quando, num intervalo do olhar,
Não se percebe o fim do dia;
Como se um risonho sol
Não se pusesse nunca.
Que venha o triste luar!...
Trazer penumbra poética
Que nenhum contentamento
Consegue dar aos versos
Ou às vestes da poesia
E do poeta.
Quando atingir esse grau de sentir
Certamente me considerarei
Um desses, que o são
Verdadeiramente.
Por hora, vou aprendendo...
Vou aprendendo a sorrir sempre
Mas, nem sempre,
Sendo um instrumento bobo
Nas mãos dessa tão sábia:
A alegria.
Torre Três ( R P )
13_02_24