CORPO CELESTE
Eu,
Estrela formada pelo caos,
Solitária entre mundos paralelos
Tão próprios e tão soltos...
Estrela que brilhou em vários planetas,
Mas que em nenhum astro permaneceu.
Nunca me permitiram te um cósmos,
Nunca me permitiram ficar no mesmo lugar,
Tendo que morrer e renascer distante dos céus que iluminei.
Quem reacende uma estrela solitaria
Se não ela mesma?
Corpo celeste rodeado de incertezas,
Um dia quis formar constelação,
Vivendo hoje em constante movimento,
Sem conexões duradouras,
Sem noção de tempo e espaço,
Sem ter noção da dimensão de minha própria galáxia.
Mesmo assim, orbito em meu centro,
Em meu próprio tempo,
Sem pressa e sem demora,
Deslocamento a anos luz de outros olhos,
Fazendo a diferença para mim
Em meu singular universo complexo.