Juliana

É dama,

Seu perfume derrama,

Sua candura alucina e chama.

Melhor é não se aproximar.

Mas se insistir e beijar...

Ficarás envenenado.

Perdido no achado,

Tornar-te-á viciado.

Vais querer de dia;

Vais querer de noite.

E quando não souberes onde ir?!...

Pois querer te achar é não encontrar.

Não tens telefone;

Não tens endereço.

Mas aquele corpo mosqueado...

Os teus seios lado a lado

Não tem defeitos, nem pecados;

Mas os teus olhos...

Não tem acertos, mas são acusados,

De algo que chama.

Mas a tua boca...

É um veneno incomedido  não tem jeito,

Se procurares ainda sentir o cheiro do corpo...

Já era.

É um misticismo sem hora.

Envolvido tu vais referendar a saudade,

Pois que sem maldade,

Jamais voltará na idade...

Condenados estás a amar.