As noites não se calam
Se as noites não se calam
E tua mente dialoga com o caos
Se os fatos não tem volta
E a carne treme e se revolta
Se a vida te convida a morrer
E as coisas não parecem ter luz
Se o medo e a revolta te conduz
E a alma grita ao se deitar
Se não há mais vontade de lutar
Fecha o livro que escreves
E se deleite nesse breve
Pesadelo que inocula
Essa grande amargura
Que insiste em dominar
Se o tempo há de passar
Diante de teu sofrimento
Tudo dentro do teu pensamento
Nessa nuvem que cobre
Qualquer noite de luar
Vá e segue esperando o que não há
Até breve, as coisas que vão chegar
Pois as noites não se calam
Ante o sono que abalam
Há um sonho a sonhar