Luzes

Dos raios de lua

Que embebem minha alma

Percebo a noite em distração

Dos passos da rua

Dentro das veias sem calma

Onde passa a minha solidão

Eu não sei de nada

E nem nada me é impossível

Tudo na medida da ilusão

Eu não sinto a caminhada

E a minha dor é quase invisível

Dentro dessa nova escuridão

Mas não tema isso

Tudo é normal assim

E logo a cortina se abre vazia

Negar-se ao paraíso

Como negar o inferno em mim

Todas as luzes se calam um dia

Do brilho das estrelas

Que viciam meus olhos perdidos

Segue além da minha compreensão

Do fulgor das janelas

Nos arredores dos sonhos feridos

Onde escondo a minha devoção

Eu já não quero mais

Já me enlouqueci o suficiente

Por causa de uma boa inspiração

Eu já não tenho paz

E desligam os disjuntores da mente

Os sentimentos que me corroerão

Mas não se sinta só

Repita até não parecer vazia

A promessa de que nada termina assim

Viemos e voltamos ao pó

Hoje é um jeito, talvez mude um dia

Mas as luzes se apagaram dentro de mim

João V Zibetti
Enviado por João V Zibetti em 10/02/2024
Código do texto: T7996159
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