Luzes
Dos raios de lua
Que embebem minha alma
Percebo a noite em distração
Dos passos da rua
Dentro das veias sem calma
Onde passa a minha solidão
Eu não sei de nada
E nem nada me é impossível
Tudo na medida da ilusão
Eu não sinto a caminhada
E a minha dor é quase invisível
Dentro dessa nova escuridão
Mas não tema isso
Tudo é normal assim
E logo a cortina se abre vazia
Negar-se ao paraíso
Como negar o inferno em mim
Todas as luzes se calam um dia
Do brilho das estrelas
Que viciam meus olhos perdidos
Segue além da minha compreensão
Do fulgor das janelas
Nos arredores dos sonhos feridos
Onde escondo a minha devoção
Eu já não quero mais
Já me enlouqueci o suficiente
Por causa de uma boa inspiração
Eu já não tenho paz
E desligam os disjuntores da mente
Os sentimentos que me corroerão
Mas não se sinta só
Repita até não parecer vazia
A promessa de que nada termina assim
Viemos e voltamos ao pó
Hoje é um jeito, talvez mude um dia
Mas as luzes se apagaram dentro de mim