copa de árvore
A árvore e sua copa sublime nos falam
Da sombra e da luz, enquanto gira como
Gira esse mundo e nós, giramos à procura
Das palavras que nos revelem o sol, como gira
Também o girassol, girando, buscando a sombra
Do sol. Ouve! É com a pele que se escuta, essa
Brevidade extrema, essa névoa de cristal que corre
Entre os dedos das coisas e fascina tanto o homem
Agradável quanto o facínora. Nada escapa ao
Gemido terminal dessa água que escorre por entre
As artérias dessa vida, por onde o sabor inevitável e desejado
Assimila o campo onde a relva cobre a terra, e um convite
É feito à luz dos que assumem suas penas nesse iluminado
Reino de pedra e flores. Dance, ou não dance, fale ou não fale,
Corra e se torne tronco profundo que segura o mundo pela
Sua alça mais vulnerável, lançada para todos aqueles que
Sabem onde o coração toca e como as manhãs são mais belas
Quando sentidas ou provadas ao sol, que todos os dias sai
Para fora para ele mesmo ser o maquinário dessas manhãs tão líquidas
Quanto breves, tão unidas quanto nobres, que cobrem a pele do
Sonho de cada homem que levanta de sua cama e prova dessa
Comida que expande a existência a cada bocada do seu apetite