DO CAVALO

DO CAVALO

Com uma faca nos olhos...na mão...

Com o meu coração...

Venho, irmão,

Mata-lo!...

E se você me ama...e se te mato...

Esse nosso contato

É de fato

O estalo

Pra que morra o macho inseguro...

O homem tão duro...

O ser impuro...

O só-falo...

Pra que fale também a mulher

Que te ama e quer,

Quando vier,

Ama-lo...

Pra que venha, com o ser sensual,

O meu desejo natural

Sem um mal

deseja-lo

E bem deseje, e com pele febril,

Nas horas da noite, a fio...

E de alma no cio,

Alma-lo...

Pra que, limpo do bobo machismo,

Se jogue no abismo

Do espiritismo,

Cavalo!

E caia de si quando em ti me caio,

Meu cavalo baio

E papagaio!...

Por quem falo.

Torre Três (R P)

09_02_24

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 09/02/2024
Reeditado em 10/02/2024
Código do texto: T7995366
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