Eu, indígena !

Um indígena Biritinga

A beira do abismo da Etnia esquecida, dizimada, às margens das solidões fabricadas

Um indígena

Filho da filha da filha que os cachorros pegaram com seus dentes amolados

Último sangue do estupro da Mata de Cana Branca

Eco do último grito bastardo

Um indígena à beira do abismo noturno oriundo das madrugadas frias

Um indígena indignado com seu próprio umbigo entregue às raízes do descaso

Eco último dos confins moribundos soturnos noturnos

Enfim...cana branca

Raimundo Carvalho - BIRITINGA

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 08/02/2024
Reeditado em 08/02/2024
Código do texto: T7995026
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