Do meu peito

Bate um coração 

que pulsa a noite,

Revestido de uma couraça...

Uma torre,

Muralhas

em que não

Entra... sol.

Dele sinto o sangue

Pulsar...

Bate forte um tambor

Na úmida floresta

do ser...

Mal iluminado,

Verte lágrimas. 

Posta uma canção 

triste

Aparentemente vive.

Estou morta...

De amores

de sensações 

De uma visão.

Só Bate, o tambor

O sangue pulsa.

Frio lugar, com

Lua   pássaros 

noturnos.

O coração do outro  

Revestido  de sol.

Baila dentro de um peito

Que arde, transcende.

O meu pulsa...

De um outro coração 

escutei vozes, um canto

Pássaro voejante 

Livre...

o meu com seu pulsar

Mudo,

Delira  e cansa. 

Por que não? 

Ter muralhas em torno

Do peito,

Ter uma torre coração, 

Seria algo tão terrível,

Se um dia fui sol?

Chove o sangue,

O ar arfa , não flui.

Neste coração mudo,

O ar é  relíquia  posta

em versos

A máquina não funciona

Sem ar...

Sufoco...

Encontro uma razão

Anoitecida em cada

Letra vertida.

 

 

 

 

 

Ana Pujol
Enviado por Ana Pujol em 08/02/2024
Código do texto: T7994959
Classificação de conteúdo: seguro