Do meu peito
Bate um coração
que pulsa a noite,
Revestido de uma couraça...
Uma torre,
Muralhas
em que não
Entra... sol.
Dele sinto o sangue
Pulsar...
Bate forte um tambor
Na úmida floresta
do ser...
Mal iluminado,
Verte lágrimas.
Posta uma canção
triste
Aparentemente vive.
Estou morta...
De amores
de sensações
De uma visão.
Só Bate, o tambor
O sangue pulsa.
Frio lugar, com
Lua pássaros
noturnos.
O coração do outro
Revestido de sol.
Baila dentro de um peito
Que arde, transcende.
O meu pulsa...
De um outro coração
escutei vozes, um canto
Pássaro voejante
Livre...
o meu com seu pulsar
Mudo,
Delira e cansa.
Por que não?
Ter muralhas em torno
Do peito,
Ter uma torre coração,
Seria algo tão terrível,
Se um dia fui sol?
Chove o sangue,
O ar arfa , não flui.
Neste coração mudo,
O ar é relíquia posta
em versos
A máquina não funciona
Sem ar...
Sufoco...
Encontro uma razão
Anoitecida em cada
Letra vertida.