Corpo de água e de pedra
As palavras são diurnas.
Ritmos de tempo
oculto em si dentro
como palavras abertas, por cima.
Rios virgens e rápidos
onde se amam as marés e tudo o que sei.
Eis as raizes desse instante sopro
que espreita necessário: Flores pensamos.
Talvez o espírito paire por onde: os campos.
Digo os campos, a dor virgem e húmida
na alegria de si, vagaroso grito.
E por baixo, nos campos,
um sangue mais antigo,
seiva de luar e lama,
mãos, as forças finais
e nem sequer tanto,
as vinhas, a lenha e os gritos,
um estilo de ser terra,
um gesto de ser dia
e far-se-á imagem de si,
pão violento.