Plagas Distantes

Aqui, nestas plagas distantes

Se o vento sopra moldando rios

O assobio tende a ser bem frio

E o beijo... Bem é o que sobra

E o que se rouba de toda amante

Aqui, nestas plagas distantes

Se chove forte, enche os rios

Se chove bem fraco, faz seca!

Aja tempo para roubar um beijo

Demonstrar o seu fervor amante!

Aqui, nestas plagas distantes

Nem praia há, só as cachoeiras

Quase gigantes, adornando rios

Limitando o frescor dos beijos

Extirpando-nos todas as amantes.

Referência:

MALLMITH, Décio. Plagas Distantes (Poema). In Vozes da Alto, Volume 2, p. 16, ISBN: 978-65-88800-13-3. Academia de Letras de Teófilo Otoni: Teófilo Otoni/MG, 2023.