Flechas às cegas
a cada respirada uma flecha em direção a alguma palavra
não sei o que aconteceu
mas não vejo mais elas
tem algo acontecendo
o medo será que tá me cegando?
medo de que?
se tudo que eu escrevo é reflexo do que eu sou
como em labirinto continuo me procurando
agora nas férias, tempo de sobra pra pensar
só esperando o amanhecer para aquele mergulho no mar!
daqui a pouco o sol aparece
a noite é própria para a pesca
preparo alguns versos
aproveitando os flashes de luz!
no canto escuro, os reflexos da rua e nos ouvidos música marginal, no busão de um estado pra outro!
as marcas estão aí, cicatrizes também, visível e invisíveis aos olhos dos outros!
dentro de mim reflete o que vem de fora também
continuo andando, brincando de ser livre, experimentando o mundo, já que ainda vivo!