PAZ
PAZ
Sob uma lua de alabastro
A pouco de surgir o grande astro
Na ilusória paz do momento
Vai surgindo no pensamento
O aproximar da (in)finitude
No despertar dos pardais em festa
Na majestosa sibipiruna que ainda resta
Nos idos da vívida juventude
No agora da caminhada quieta
O ciclo quase completo
Neste lugar complexo
Esperando a ordem de partida
A canção de despedida
Sem qualquer anseio
E ao olhar o romaneio
Feliz com a carga diminuta
Que carrega após anos de labuta
Traz apenas o essencial
Tal qual na estrofe acima
O tal canto do pardal
Saudando o despertar
Para um novo dia
E cantar de novo no ocaso
E se possível ao acaso
Sem ironia
Partir agradecendo a cortesia
Da vida um arraso