Admirável mundo podre
Em que os relacionamentos são líquidos
E as mentiras de concreto
As promessas vazias
Como as de um político desonesto
E as mesmas notícias
Desde Roma, os mesmos impérios
E os dilemas iguais
As virtudes, virtuais
Palestras de pós modernos
E a solidão é mais palpável
O mais certo é controverso
E o juízo comestível
Em cada injusto decreto
E os reis são alegorias
E os libertos ainda servos
Do dinheiro, do poder decrépito e corrompido
E a utopia é distopia
A filosofia apenas um detalhe técnico
E a vida humana continua em sua agonia
Agora, com a tecnologia e sua tirania
De um novo, velho credo