Vestígios

Um novo vento sopra

E no rosto ainda sobra

Vestígios de um sorriso.

Sentimento impreciso

E no céu um aviso

Do que está por vir.

Uma palavra pode destruir

Um aperto de mão conduzir

Para a conquista ou a tragédia.

O cotidiano é uma tragicomédia

Em três atos – tem uma média

De público razoável de bilhões.

Ainda há vestígio de poesia

Ainda há vestígio de solidão

Não será qualquer terceto ou soneto

Que me convencerá de que tudo mudará.

Rimas são boas, mas nem sempre tudo rima.

Vestígios de pegadas

Apague todas – deixe tudo limpo

Nada de colocar sujeira embaixo do tapete.

Passou...

Um vento passou por aqui

Anunciando as novas

Que serão dadas dia a dia

Seja na prosa ou poesia

Seja realidade dura ou fantasia

Desde que não haja mais vestígios

Do passado – amassado e ultrapassado.

01/01/08

Miguel Rodrigues
Enviado por Miguel Rodrigues em 01/01/2008
Código do texto: T799064
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