Um poema de Algodão Doce

O final desta tarde

Cai feito algodão doce,

Da mão incandescente

Do amigo sol poente.

Uma tarde viva, serena,

Despede-se de nós

Num delicioso poema,

Um poema de algodão doce!

Flocos brancos flutuam no céu

Em esculturas eternas de tão lentas,

Tão próximas, tão distantes...

Quem é o escultor

que transforma em amor

A dor que existe por trás dos montes?

Minha alma se completa

Ao contemplar essa calmaria,

E meu corpo relaxa,

Na longa marcha

Da estrada da vida.