Infinito universo
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No brilho da noite reflete a minha vã ilusão,
quando começa a escuridão, nas areias da praia
vou me perdendo... caminho sem direção, tempo,
juro que dele, perco a noção.
Sem qualquer certeza, nem licença para fugir, voo,
para longe de mim. Desconheço novos sonhos.
Relutante esperança persiste em me acompanhar...
Resto de vida à fora, sem mais ilusão, ainda abraço.
Dúvidas se calam, a ousadia escorrega pelos cantos.
Aterrisso, um chão molhado, indiferente, agora piso.
O tempo alheio voa pela sala, quer ajustar o meu juízo.
Passatempo, é pensar, amar não é brincadeira,
e o tempo passa... vai me levando consigo.
Quero a chegada da felicidade que nem me avisa,
o quanto ser feliz é um perigo!
Tempo! Peço; Não passa, não passa...
Martelando os sentimentos, feito incessante
goteira, escorregando pela vidraça.
Tempo que ensina, e nem tudo sara, nenhuma
ilusão por mais louca que pareça, se perde,
antes me machuca, ressalta a própria existência,
essa saudade é uma dor, que a nada se compara.
Exitante é a caminhada, nesse infinito universo que
ainda move em mim, alguns sonhos. Vou respirando,
guardando a ilusão do amor, único passatempo
dessa alma desencantada, que suspira
de desejo, ao relento...
Cada encanto do amor, é o que enfeita a estrada,
essa que divide os nossos mundos...
E tanto nos separa, o amor é uma louca sensação,
que se revigora a cada estação e nunca para,
o seu destino é sem motivação, voar!
Voe, a estrada às vezes se fecha...
São tantos os obstáculos!
São pedras, abismos, toros de madeira,
bueiros, e quando chove... há só remendos.
Ah! Fica tão impossível de passar!
E para que queremos as asas!?
Nada nos impede de seguirmos a viagem,
quando muito maior em nós, é a vontade de chegar.