Envelhecido em hábito torpe

A deriva e sem norte estava

Por onde andava, mergulhava

Sempre assim foi, sempre assim será

O astro que já não brilha, põe se a queimar

Cansado de ensaiar a vida, observar

Experimento do mel ao agridoce

Como se jovem ainda fosse

Envelhecido em habito torpe

Existe quem quase diga assim

"Ainda há tempo, olhe pra mim"

A estes desejo só uma punição

O inferno consciente

Paradisíaca mente são

Expurga-se os demônios coniventes

Nomeia-se demônios e onde estão

Meu coração é um saco sem fundo

Minha boca é um buraco negro

Minha língua uma faca cega

Inteiro camuflado em gracejos

Daniel Jonathan
Enviado por Daniel Jonathan em 31/01/2024
Código do texto: T7988783
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