Posso morrer no espaço
midiático sem saber.
Vivo acima d'um cadafalso
com defuntos a me escolher.
Num mundo entregue à dor
melhor isso, posso não crer.
Auroras retumbam passados
não vistos, como os reviver?
Bando de filhos da puta!
Batem na cara,
fogem ao amanhecer.
Repito às horas, luta...
Nada foge à memória.
Inerte, não há o que saber.
Niterói, 31.01.24