da distância
Ainda que distante tua descendência me pareça,
Se meu signo não é do teu agrado,
Persisto em tocar a terra, ansiando te ver,
Onde tua estrela dança na mesa, perto do café.
Intensifico-a, uma coroa sutil eu oferto,
Uma bênção secreta, que saibas,
Tua fama foi absorvida e devolvida,
Num banco de praça, observado por olhares curiosos.
Murmúrios na calçada ecoam discretos,
E tudo se aquieta, pois o silêncio fala mais,
Se encaixa no rosto do desenho simples,
Feito por uma entidade orgulhosa, que não dançou na festa.
Da tua mente, a vontade de saltar do poço,
Inverter a ordem dos eventos, buscar o mais alto,
E aprender que a prece não fez o cavalo alçar voo,
Apenas a ignorou, enquanto todos se adaptam,
Para compreender os limites da tua cabeça.