O inalcançável
Os olhos d'água encheram tanto de saudade
Que naveguei pelo navio arribado
Em busca da donzela majestosa
Sobre a qual meus pensamentos anseiam a encontrar
Mas talvez não ache nada
E reste somente mais saudade
Para sempre minh'alma
Condenada ao fustigar
Quem me dera o pranto
Resolvesse algo na vida
Quem me dera rezar
E alguma coisa, senão eu, escutar
Malogrado destino
O que faço para que
Ache a mão divina ajustada
Pra minha vida temperar?
Pois sem ela não sou eu
E talvez eu nunca a tenha visto
Frutos das minhas quimeras
Das tresloucadas noites de lua cheia
Inalcançáveis cânticos
Ainda hei de os ouvir
Maiores que qualquer sinfonia
Já engendradas por estas terras