O desassossego das gotas de chuva
Na mente turbulenta, a ansiedade se agiganta,
Versos sinuosos, como teias emaranhadas,
A chuva cai pesada, ecoando na alma adormecida,
É um dueto triste, essa sinfonia entrelaçada.
Gotas frias escorrem pelos vidros embaçados,
Espelhando as agitações do coração aflito,
A ansiedade dança frenética, como serpente enlaçada,
Enquanto a chuva acalenta, em seus versos infinitos.
Cada pingar no telhado, um som de incertezas,
Gotículas que trazem segredos empoeirados,
A ansiedade inunda a mente, em ondas densas,
Enquanto a chuva lava, em chuviscos encharcados.
No íntimo da alma, tempestuosos desejos se agitam,
Impaciência e medos, uma dança incessante,
A chuva é o manto que abraça, onde os sonhos se acomodam,
E a ansiedade, poesia viva, num poente deslumbrante.
Ó ansiedade, tormenta que arrasta o pensamento,
Tece angústia, desconcerta as horas que se escoam,
Na chuva que escorre, vejo um lampejo de alento,
Um abraço da natureza, que os temores abarroam.
Então, na ansiedade e chuva, encontro meu refúgio,
No timbre das gotas, a tranquilidade que almejo,
Permito-me, enfim, encontrar a paz em meu abrigo,
Enquanto a ansiedade se dissipa, em versos que almejo.