O virtual
O virtual se escreve com luvas pretas.
Sem linhas nas mãos
e sem impressões digitais.
Sem rastros, escrito, o que é personagem emerge do teclado.
Será a rede um sinal de seu tempo?
Seu lago, seu aquário?
Será um estigma?
Uma possível chance de chegar a algum lugar ou a alguém?
Onde?
De algum modo, importa se é real ou não?
Qual é o limite entre ser e agir?
Cresce sua imagem, avoluma-se, é uma foto ampliada e distribuída.
Pede aceitação como que votos em um congresso imaginário, “se você gosta de mim, eu gosto
de você”, e as eleições são a cada minuto, o importante é ser aceito, porque sim, para nada...