OLOOKE

No terreiro Olorokê, a fé se faz canção,

Maria Violão, lua cheia, divina emoção.

Olooke reina, Ekiti, em pedras milenares.

Ataparaja sussurra, folhas aos altares,

Carneiros, galos, dádivas, rituais solenes.

Homens e mulheres, fé, em passos serenos.

Bahia vibra, axé, céu e mar se abraçam,

Ijesá ecoa, tambores, corações que laçam,

Sagrado dança, poesia, num verso que traça.

És mundo de mil deuses, de um único ou nenhum,

Na poesia, o sagrado e o profano se assumem.

Sou apenas voz do respeito, a todos teístas e ateus.

26.01.2024