O PÔR-DO-SOL DE MINHA TERRA

 

A minha terra

Foi por Deus abençoada

Por que desde a alvorada

Sua gente a cantar

 

Começa o dia

Pondo a mão já no batente

E se vai seguindo em frente

O poente a esperar!

 

Não há

Eu sei que não

Um pôr-do-sol

Como este, não!

 

Não há

Eu sei que não

Um pôr-do-sol

Como este, não!

 

Durante o dia

A gente da minha terra

Trava uma insana guerra

Para a vida melhorar

 

Na esperança

Em dias melhores no futuro

Ela imita o anuro

No poente a cantar...

 

Não há

Eu sei que não

Um pôr-do-sol

Como este, não!

 

Meu povo humilde

Leva a vida sorridente

Crendo em Deus Onipotente

Para lhe abençoar

 

No fim da tarde

Depois do dever cumprido

Eis meu povo tão sofrido

O poente a contemplar!

 

Não há

Eu sei que não

Um pôr-do-sol

Como este, não!

 

Não há

Eu sei que não

Um pôr-do-sol

Como este, não!

 

Melgaço, Pará, Brasil, 6 de novembro de 2011.
Composto por Olympio José de Araújo.
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Contrafactum da canção "LUAR DO SERTÃO", composição de Catulo da Paixão Cearense / João Pernambuco.