REPENTE

De repente, meus olhos eram como os de antigamente.

Enamorados.

De repente, desejei,

Senti o querer no olhar

E olhei.

Olhei com todo o carinho para aquele rosto em perfil assistindo filme.

Anoiteci.

Busquei a lua e as estrelas para enfeitar minha noite, mas o céu estava encoberto.

Chovia.

Lembrei que a chuva

- no dia que andei ao seu lado -

se tornou minha amiga.

De repente, o barulho da chuva calma lembrou o trajeto de casa e das mãos dadas.

Vontade de beijar, de abraçar, de amar...

Fiquei no desejo.

Sabia que não teria o colo do amor até a clareza do dia.

Dia que nunca chega...

Reprimi o enorme desejo que havia em mim.

De repente, as lágrimas lavaram minha face e acordaram minha consciência.

E te acordaram também.

Fim do filme...

Despedida.

Estremeci.

Chorei.

E, não de repente, fiquei nas lembranças.

Silenciei...

Amanheci.

Elenize QZ.

Izenetti
Enviado por Izenetti em 23/01/2024
Código do texto: T7982860
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