Do Anjo-Jardineiro-Menino
(para Arthur, o Neto-Anjo-Jardineiro-Menino)
Do Anjo-Jardineiro-Menino
Um jardim!...um dia vinte e dois...
ano : vinte e quatro; mês : janeiro...
veio para me marcar, depois
da dor deixar tantas marcas primeiro,
uma data que perfuma um dia
no meu calendário do coração
pois trouxe quem eu nunca poderia
ter feito ficar ausente. PERDÃO!!!
Voltou a alegria numa casa
onde a angústia fizera lar...
onde queimara tanto, feito brasa,
a dor de não VE-LO estar.
As paredes, que choraram comigo
cada trago, de desespero, dado;
numa prisão, onde o Inimigo
jogava pedras sobre um coitado;
sorriem pois, pedras, hoje são flores
que um ANJO-JARDINEIRO-MENINO,
num jardim d'alegrias multicores,
cultivou pra colorir meu destino;
e para perfuma-las do mal cheiro...
da prisão que, com lágrimas, fedia;
e que, hoje, num jardim de janeiro,
cheir'amor, liberdade, alegria...
Torre Três (R P)
23_01_24