ÁTIMOS DE TEMPO

Fardo silencioso nos ombros errantes

Dos vates que posso ser no devir.

A cada passo, a cada mínimo tempo,

Um infinito de possibilidades irrompe.

Objetivos vontades sonhos destino

Sorte decisões saudades e rumos...

Tudo posso a cada novo instante,

E na deriva do porvir me escolho.

Como a natureza não tem designer,

Só trajetórias sem criador e Senhor.

Uso a bengala branca do passado.

Para me guiar no coexistir do futuro.

Fardo ardoroso em coração vibrante.

Que busca êxtase por simples existir.

Não trouxe e não levarei matéria.

Mas deixarei memes na noosfera.

Morada sou de genes que se perpetuam.

E que cegamente aprimoram a viva vida.

Matéria corpo mente alma espírito...

Que em versos enativos me registro.

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 20/01/2024
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