Um Brinde!
É nas noites sem sono
com lua alta no céu...
É nas horas de abandono
com minha vida jogada ao léu...
É com o copo pela metade
que ergo o brinde à tal da falsidade
pois, conseguiu iludir a menina
que brincava de amar de verdade...
É nas conversas com a solidão
que falo sobre meu carrasco...
É na saudade vergasta
que conto sobre os planos
e falo do pecado padrasto...
É no baile da vida que canto
pois sei que, se eu me calar a tristeza começa...
e eu não quero uma alegria falsa
nem ensaiar qualquer peça...
Não quero palavras vazias,
prefiro dançar uma valsa...
É nas horas de ensandecida consciência
que entendo o porquê da ausência...
E, é nesse momento nada lindo
que fecho os meus olhos e brindo!