D a G e n t I l e z a

(poema escrito em 26_09_13 ... publicado em 27_09_13 ... revisado em 17_01_24 ... Obs: originalmente na forma semelhante ao Soneto : dois quartetos e dois tercetos, com rimas também internas; agora desmembrado para sete quadras)

Da Gentileza

Se temos a feliz opção

de escolher, para o olhar,

aquilo o que enxergar,

independente da velha visão,

eu lhe pergunto : por que não

ver as belezas que possam mostrar,

ao invés de salientar

não-belezas que aparecerão?

Não é preciso falsidade

para o prazer de ser gentil,

ao se dizer daquilo que viu,

mesmo que seja só da metade;

quando a bela realidade,

sinceramente, nos sorriu;

e a outra metade só fingiu,

por não ser bela de verdade.

A voz da gentil delicadeza

escorre toda perfumada,

sempre que ela é falada

para a tristonha incerteza;

que ao ouvir a sua beleza

ser, docemente, exaltada

deixa de ser triste e calada

para queimar sua tristeza

na chama, de novo acesa,

da brasa da dormente risada;

que só precisava ser soprada

por um sopro de gentileza.

Torre Três (R P)

26-09-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 17/01/2024
Reeditado em 17/01/2024
Código do texto: T7978745
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