O Cavaleiro de Copas

A roda da fortuna desabou

Fragmentada pelas falsas esperanças

O rei de ouros e a escarlate rainha

Ensandecidos esfaqueiam a esmo

As próprias sombras,

As próprias loucuras,

Seus pobres corações.

O tolo caminha, agora

Sendo o mais sábio de todos

Mas na sapiência existe a arrogância

Que o afoga

No suicídio já a longo tempo premeditado.

A morte e o diabo dançam,

Nuas na intrépida e etérea noite

dos mortos, de risos soltos, malévolos e sórdidos

Gargalhadas cadavéricas e alucinantes

Na lua dos uivantes

A noite é apenas uma criança, com uma faca na mão.

O abismo olhou pra mim

E Eu olhei para o abismo

e o que era a beira da loucura....desabou

em chamas negras tudo se tornou cinzas de luz

Nada mais restou além de olhares eternos

Na frente de um espelho

Que reflete seus piores pesadelos.

Subjugados foram os desejos

Toda dor foi temporariamente

Entorpecida pelos crisântemos

de meus olhos.

Torres se erguem

Revolvendo terra e dores

Desenterrando melodias estranhas

Cantigas cantadas em línguas mortas

Para os que nascem

Nesse belo mundo de lindos amores.

A trilha de tijolos de ouro

está imunda de merda e diamantes

Desejo a morte do amanhã e de todo o resto

Dizem as vozes de tua cabeça.

O cavaleiro de copas

Ao oceano de espelhos e verdades se lança

Turbulentas ondas de sangue e memórias

que devastam a alma

E o coração uma vez mais sangra,

Nada mais que cinzas de luz

Que simplesmente se apagam

..........Ao seu acordar.

Lua Infâmia
Enviado por Lua Infâmia em 15/01/2024
Código do texto: T7976691
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