Ode Matinal ao Sol
Após saltar da cama e pegar o asfixiante transporte coletivo,
Os intensos raios de sol trazem lascas de vivacidade.
Agora levo para o abatedouro que é o trabalho,
O crânio mais leve, este motor de constante indagar.
Como um místico salvador que deixa
Arrebatadora mensagem por sobre os ombros,
O astro rei deixa um poema no mundo recheado de aprendizados...
Liras que descansam os afoitos e desavisados.
O sol ilumina as faces e silencia as dores,
Nasce todos os dias para relativizar os sofrimentos.
Pois a cada manhã, as possibilidades se renovam.
Com sua intensidade encanta os olhos e seu
Ofuscante brilhar trucida as calçadas da vida limitada...
Ensina sem nenhuma palavra que todo erro
É dilapidado no constante adaptar-se as contingências.
Mesmo o mundo insistindo em ser o mesmo,
Essa bola de oxigênio e desenganos,
O nascer e o poente do astro rei geram novos dias,
Novos caminhos para as existências já sem significados.