CONTRASTE ENTRE OS LENÇÓIS
Sonhei com você
E acordei estranho;
Metade era saudade,
Metade era desejo.
Sonhei com seu beijo,
Entre lençóis de sonho,
Na penumbra do meu pensar.
A saudade sussurra,
Enquanto o desejo castiga.
Nesse sonho, éramos
nostálgica melancolia,
Voando alto,
sem medo do tempo.
Suaves penas de ternura
Se misturavam ao nosso voo.
Sonhei com seus olhos,
Dois astros a guiar
O trajeto incerto
Dessa dança celestial.
A madrugada despertou-me,
o sonho persistia na pele.
Uma lembrança viva,
um eco intangível
de um mundo imaginário.
Sonhei com você,
e a dualidade se tornou poesia:
uma presença suave e melancólica,
desconfortável ou avassaladora,
que se insinua nessa rede de emoções.