SAIDINHA
SAIDINHA
A rua
A calçada
O edifício
O jardim
A grade de proteção
Uma rosa
Entre os vãos
Dá as caras
Liberta da prisão
Mostra-se rosa
Toda formosa
Não indiferente aos passantes
Com seus olhares distantes
Chama a atenção pela ousadia
Pela beleza e autonomia
Pela saidinha
Sabe que é rainha
Reina feliz
Sabe que está por um triz
Algum fã
Logo cortará sua liberdade
E quem passar amanhã
Dessa rosa terá saudade