REALIDADE
Estou perdido nas horas deste dia.
O vento da vida, com seu ruído,
Trás na carne o medo da vida!
E fica, duro e horrível, o real rindo...
E ri do que sou ou tento ser...
Vem em mim o que eu era
E me põe logo a perder
Por caminhos sem primavera...
Luto para estar vigilante
Mas o sopro é mais forte!
Varre minha face galante,
Expõe o crânio da morte!