Elo
O elo que escorre do ventre
retém o vício do passado
sorve o passo do engano
palpa a linha da boca
e migra pro éter dos mistérios
E nas margens da lua nua
há anjos que
entonam a dança
enterram o ego fresco
dos seus demônios gelados
e cantam pra sua morte
Prenuncio o choro que mora
nas vísceras do silêncio
contemplo a inquietude
da palavra
rasgo o instante na meta
domo a renúncia da dor
que sacode
perco-me no seio da vida...