Nas ruas, as pernas se alçam

As pernas se alçam, com rasgões nas meias

Ah, minha doce e maltrata pequena

O que esperar de ti

Nessas ruas desertas e sujas?

Desfila seu corpo, que já foi belo e disputado nas rodas mais nobres e hipócritas dessa cidade

Ah, pequena judiada

Não sabes dizer seu nome sem gaguejar?

Por que gaguejas, menina esquecida nas ruas e bares outrora seus palácios?

As pernas se alçam; não sabem o caminho de volta

E, então, solitária, caminha sem destino

A noite escura,

Talvez,

Ouça seus soluços