Paraíso de Desconfianças...
No ócio do desespero...
Aquelas sensações...
Tão errôneas...
Tão sábio, o budismo..
Dor?
Doeu?
Machucou?
Constante alienação...
Pregados no físico, nunca souberam verdadeiramente sentir...
O macrocosmo, é tudo...
Estaríamos sendo tudo, nessa face infinita?
Acho que foi problema...
Acho que vi problema...
Acho que sou o problema...
Acho que...
Seria bem melhor, se nenhuma palavra tivesse sido pronunciada...
Mas, estamos presos ao sumo do estapafúrdio do ego...
Posso denotar...
Somos o quê?
Seríamos o quê?
O que seriamos?
Fomos alguma coisa?
E alguma coisa, nos foi?
Sobretudo, o ego que nos apoderou, teria demais a reclamar sobre seu excessivo uso...
O "ser humano", num terrível percalço da descabida existência, teve de criar a terrível vigilância, para si próprio...
A desconfiança, virou a terrível perseguição, na cruel sentença, que aprisionados, já conferiram ao "animal", mais perigoso, as correntes mentais...
Nem um terço do milímetro...
Nem um grão de bondade, será aceito...
Era da globalização do adoecimento...
Perante todo o vislumbre de natureza, me questionando...
Por que, a fase espelho?
Por quê?
Enquanto, enxergar as grades...
Confinados na prisão de um paraíso...
É um luxo...
Como?
É o luxo!
É o luxo, de sentir o prazer até o último, sendo vigiado para que não fuja...
Que luxo!
No tempo da dor, eram livres...
Quanto mais a desconfiança, se instalou...
Mais se pronuncia "Você não tem valor"...
Porque, prezados...
Quando muito mais se enxerga, que nada virtuoso faria parte de nada...
Mais reduzidos ao nada, se chamam...
No inferno do adoecido paraíso...
Você pode tudo...
Tudo se poderá...
Porque, sem o freio regulatório da virtude...
Se tudo se perdeu...
Nada, além...
Nada, além do homem...
A não ser o próprio, com todas as vicissitudes possíveis e impossíveis...
Matem o ego!
Sintam a ausência do prazer...
Inclusive, a ausência do prazer da desconfiança...
Diabos!
Lutaram, contra o demônio...
E de tanto olhar para o abismo...
Nietzsche, já conferia...
Na insanidade de tudo, face o supérfluo...
O "ser humano", já não serve mais?