Tênue
Ah...os homens\
Esses homens maravilhosos\
Esses malditos homens\
Estranhas criaturas\
Do universo\
Vorazmente capazes/
De amar\
E como dementes\
Eternamente odiar\
Se alegram com a vida\
Incitando a morte\
Como servos a pedir clemência \
Pra depois cobrar\
Como humanos\
Podem se tornar incontroláveis feras\
Morrem e se matam\
Por dinheiro, poder\
Por, qualquer metal ou nesgas de terras\
Ao longo da história\
Andam entre as trevas\
Escrevem livros\
Fazem musicas\
Fazem a arte\
Mas de tão obcecados por marte\
Gastam fortunas\
A procurar uma forma de vida\
Que possa ensinar \
O que eles não querem aprender\
As vezes, usam de razão\
Pra filosofar \
Pra irem da cura\
De uma enfermidade\
A Lua\
Noutro dia\
Quando acordam\
São capazes de mudar\
Usam da insanidade\
Pra genocidiar\
Caminham na paz\
Pra guerrear\
E depois nas cinzas\
De joelhos se põem a prantear\
Esses homens\
Que a gente não sabe precisar\
Salvam vidas\
Pra depois matar\
Seria da sua inquietude\
Seria de sua natureza\
O homem tem qualquer coisa de mal\
Onde há algo pra se domar\
Na verdade\
Falta amadurecer a divindade\
Porque na essêncialidade/
Há dentro da barbaridade/
O amor que é incondicional /
Muito embora passe pelo filamento/
Um segundo de tormento/
Pra logo o tempo vir a /
Explodir sem qualquer sinal/
Esse homem animal/